🎲 Algumas apostas não envolvem fichas. Envolvem almas. Antes de ler esta história, pergunte-se: o que você está disposto a arriscar... e com quem está jogando?
Dizem por aí que certas apostas cobram mais que dinheiro. Algumas, cobram a alma.
Em vilas e cidades, há rumores de um homem — ou seria algo mais? — que se apresenta como um jogador comum. Ele atrai suas vítimas para o vício com uma simpatia quase hipnótica, enchendo-as de sorte, prazer e vitórias fáceis. Mas é só o começo do ciclo. Quando já estão dependentes do jogo e do brilho do dinheiro rápido, ele vira a maré. A perda chega devastadora. E então vem a ruína: vendem bens, traem amigos, pegam empréstimos, até roubar — tudo em nome da esperança de recuperar o que perderam. Mas ninguém recupera. E poucos sobrevivem.
Certa vez, um homem sortudo saía de um cassino. Tinha ganhado uma bolada e sentia-se invencível. Amava o jogo, amava o poder de vencer. No dia seguinte, um jovem misterioso o abordou:
— Que tal uma partida de baralho?
Ele riu. O rapaz parecia inexperiente. "Dinheiro fácil", pensou. Mas perdeu. E perdeu de novo. E de novo. Em uma semana, estavam consumidos o dinheiro, o carro, a casa e o respeito da família. Caiu em dívidas e desespero.
Certa noite, sentado em um banco de praça, o homem mergulhava em arrependimento. Foi quando o jovem voltou.
— Uma última rodada. Se ganhar, recebe de volta tudo... multiplicado por cinco. Mas se perder... você será meu.
— Tenho mais nada pra apostar — resmungou o homem.
— É isso que eu espero. Pois agora a aposta é sua alma.
O homem hesitou, achando tudo absurdo, uma encenação de mau gosto. Afinal, recuperar tudo por uma simples mão? Aceitou.
E perdeu.
O jovem se levantou, com um brilho nos olhos:
— Agora é minha vez de cobrar. Muitos me esperam para jogar. Mas já que perguntou... Me chamam de Amaymon, Belphegor... alguns preferem Mamon. Mas seus antepassados... ah, eles me chamavam de Baal.
E desapareceu.
O homem correu para a casa de um amigo e contou tudo, desesperado. O amigo, cético, achou que era só mais uma desculpa para pedir dinheiro. O expulsou.
Dias depois, encontraram o homem sem vida, submerso em sua banheira.
O mais estranho? Seu amigo, ainda incrédulo, dias depois estava baixando um novo aplicativo de apostas que viralizava nas redes. O nome? Amaymon.
Na tela, a frase:
"Jogue comigo."
"Até hoje, ninguém sabe onde está o aplicativo."
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